segunda-feira, 29 de março de 2010

Gal Costa: voz universal da Cidade da Bahia

Gal

Costa
Aqui a sentença é a beleza de uma voz marcada e marcando um lugar. A poesia ecoando desmedida singrando do Porto da Barra aos mares mais distantes. Uma voz nascida da ideia humana de doçura, perfumando a audição do mundo, íntegra a grandeza épica de seu povo, a mais representativa de uma cidade; esta Cidade da Bahia de 461 anos que se tem em sua grande diva - recíproca gratidão -, luminária sonora a voz mais cristalina, o canto doce dos ventos nascidos nos arredores de São Salvador da Bahia de Todos os Santos.



Bahia minha preta
Como será
Se tua seta acerta o caminho e chega lá?
E a curva linha reta
Se ultrapassar
Esse negro azul que te mura,O mar, o mar?
Cozinha esse cântigo
Comprar o equipamento
E saber usar
Vender o talento e saber cobrar, lucrar
Insite no que é lindo
E o mundo verá
Tu voltares rindo ao lugar que teu globo azul
Rainha do Atlântico sul
E ô Bahia, fonte mítica encantada
E ô expande teu axé, não esconde nada
E ô teu canto de alegria ecoa longe, tempo e espaço
E ô rainha do Atlântico
Te chamo de senhoraOpô, afonjá
Eros, Dona Lina, Agostinho e Edgar
Te chamo Menininha do Gantois
Candolina, Marta, Didi, Dodô e Osmar na linha romântico
Teu novo mundo
O mundo conhecerá
E o que está escondido no fundo emergirá
A voz mediterrânea e florestal
Lança muito além a civilização ora em tom boreal
Rainha do atlântico austral
E ô Bahia, fonte mítica encantada
E ô expande teu axé, não esconde nada
E ô teu canto de alegria ecoa longe, tempo e espaço
E ô rainha do Atlântico
E ô... Bahia, minha preta,Como será?
Caetano Veloso


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