terça-feira, 2 de março de 2010

Maria Bethânia


Para fora do tempo dos homens e das mulheres se consagrando.
Para dentro dos instantes em que o humano se é inteiro a sua arte.
Para o azulado nos olhos segredando a glória de ser.
Para o simultâneo de estar aqui e morrer.
Para fazer representações que nos são o sobre humano.
Para cantar como deuses e sereias.
Para não deixar de viver.
Em mim esta imagem:
"Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto. "
Álvaro de Campos

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