Eu me diria: "sou aquele que não é / não sou / o que lhe ocorre". E buscaria do modo mais caro continuar a estar em você nesses desenhos de ontem - grudado à sua memória sem peso nem nódoa - refazendo o secreto dos seus olhos em desejo dentro dos meus morrendo de medo; ainda assim, ir seguindo-lhe pelos momentos vazios e ricos que impulsionam a sua criação. Ser a tinta inovadora esboçando a palavra primeira em infância e doce, queria. Esse meu lado que não é desconversando a sua presença poética para o que fui até quando meu amor lhe servia de inspiração.
Eu lhe pediria: "nunca me esqueça/ não te esqueço jamais". E sem as firulas inscritas em qualquer despedida, gritaria em desespero: as águas mais limpas e límpidas da minha vida me vieram do castanho dos seus olhos. Eu não sou.
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