terça-feira, 4 de agosto de 2009

"O mundo me navega e eu não sei navegar"


Não consigo tirar uma imagem de minha cabeça por dois dias: Juliana Ribeiro, de máscara, cantando Direito de Sambar, do nosso Batatinha, aqui na Cidade da Bahia. Um show tão simples e tão expressivo, comunicando o samba com elegância, talento, destreza e musicalidade. Pôxa, trazendo Batatinha e a minha Clemetina de Jesus. Juliana é linda e já está bem crescida tão somente para os palcos da Bahia. O Brasil a espera.
Estou largado na opressão dos meus limetes: dói essa coisa de miséria cultural. Queria inventar a palavra, não a que revolucionasse o mundo, mas a que convencesse alguém do amor profundo que há em mim.
Abri um livro para copiar um trecho de um poema: era de Sylvia Plath. Não consegui. Desaguei na avalache destes dias. O mundo dessinalizado.
Acometi-me de louvações ao inquice Tempo - tudo a que posso recorrer! Louvações intensas de quem precisa fazer ainda muita coisa por aqui. Tempo para dissipar sombras, para evitar descaminho.
Meu destino é água apesar das máculas do fogo. Sou intenso. Navego na conoa da esperança e olho firme para um sentido: a poesia fora de mim que faz nascer poesia de mim... Meu nome além de Mar é Fé.
E você, sempre azul, às vezes virando meu barco, nunca sai de mim. Eu te navego sem saber.

Um comentário:

anita sereno disse...

parabens eu adoro navegar beijos esta muito lindo