quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Diáspora de Luto 2 (Zilda Arns)


"A Arquidiocese de Salvador divulgou uma nota expressando o seu pesar pelos acontecimentos no Haiti. A tragédia ganha conotações ainda mais próximas à comunidade católica por conta da morte de brasileiros, dentre os quais, a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, um dos mais bem sucedidos programas de combate à mortalidade infantil do mundo.
Quando a pastoral foi criada, em 1983, o hoje cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Majella, era o bispo de Londrina, Paraná, onde o programa surgiu e, portanto, ele é considerado também um dos seus fundadores. Reproduzo abaixo a nota divulgada pela Arquidiocese:
Nota de Pesar da Arquidiocese de São Salvador da Bahia pelas vítimas do Terremoto no Haiti
A Arquidiocese de São Salvador da Bahia, na pessoa do Sr. Cardeal Arcebispo, Dom Geraldo Majella Agnelo, dos bispos Auxiliares, dos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e de todo o povo de Deus, sente-se profundamente entristecida com as consequências do terremoto que atingiu a já desafiada comunidade haitiana.
O povo do Haiti, em processo de reconstrução do país depois dos anos de exceção política, vê-se agora abatido por uma catástrofe de proporções inigualáveis. Empenhamos a nossa mais profunda solidariedade com nossos irmãos do Haiti, com orações e súplicas para que a reestruturação física acompanhe a recuperação humana e espiritual, mantendo viva a esperança e o espírito de luta tão próprios daquele povo.
A consternação pelo acontecido se amplia com a notícia da morte de brasileiros, entre os quais da Dra. Zilda Arns Neumann, médica, pediatra e sanitarista. Mulher que honrou o Brasil com seu trabalho de total doação à vida, através das crianças e suas famílias, Dra. Zilda deixa uma lacuna em nossos corações.
O sentimento de gratidão por todo bem que ela fez nos anos que lhe foram concedidos viver, deve despertar em todos nós um compromisso renovado em dar continuidade ao seu legado.
P.S.: Retirei esta nota do blog de Cleidiana Ramos, Mundo Afro, mergulhado num desânimo, num descrédito: um povo tão sofrido e tão representativo e tão nós. Axé, Haiti. No meio da dor profunda, ainda perdemos aquela mulher para nos ligar, nós brasileiros, ainda mais ao Haiti, que é aqui e o Brasil também é lá!

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