segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Entre sereias e marinheiros


Do lado mítico da vida nesse cheiro que exala do cais. O sentido único da partida numa investida que busca prazer. Do jeito urgente de sentir perigo - embriagar-se entre homens e mulheres, marinheiros e prostitutas; experimentar ser o que não se sabe e assim renascer.
Viver o inusitado à espreita de poemas vagabundos, cânticos soturnos, volúpia alcoólica, sexo em liberdade... Não ter tempo de dizer, fazer o que o desejo excita, exercer-se sobre a égide da tentação. Caminhos de uma vida noturna em muitos portos espalhados pelo mundo. Ser do mundo e viver sem pertencer. Dormir na chegada das paixões.
Do lado mítico da vida sob a proteção das sereias, a ideia de sereias, a beleza serena e perigosa daqueles seres. Âmago do feminino onde desagua todo teor humano.

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