A cada dia os frutos da idealização
uma cidade como construto, inspiração.
Um lugar alheio a mim
que me toma em versos
distribui sentidos
aquece o peito banido
me faz inteiramente estrangeiro.
Um lugar que me reverbera
e que eu sei
sem saber a língua.
Marcas de um lado ancestral
que também habita minha alma;
meu cantarolar cigano
entre áfricas e europas
singrando as ruas de Paris.
Ali há o que poderia ser
em qualquer lugar;
quando as luzes se acendem
cafés, teatros, cinemas, amores
o desassossego da minha fala
a elegância procurada
um mundo de muitas cores
e sabores a mim.
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