quinta-feira, 2 de junho de 2011

Paris, uma cidade para mim

A cada dia os frutos da idealização
uma cidade como construto, inspiração.
Um lugar alheio a mim
que me toma em versos
distribui sentidos
aquece o peito banido
me faz inteiramente estrangeiro.

Um lugar que me reverbera
e que eu sei
sem saber a língua.

Marcas de um lado ancestral
que também habita minha alma;
meu cantarolar cigano
entre áfricas e europas
singrando as ruas de Paris.

Ali há o que poderia ser
em qualquer lugar;
quando as luzes se acendem
cafés, teatros, cinemas, amores
o desassossego da minha fala
a elegância procurada
um mundo de muitas cores
e sabores a mim.

Nenhum comentário: