quinta-feira, 30 de junho de 2011

Contracorrente ( I )

Eu lia como se estivesse a me estimular à salvação: seus olhos eram livros pra mim. Ali, houve a história; um conto à beira-mar, caminhos desaguando o inexplicável que aconteceu. Dos olhos ao sorriso foi um tempo para a dilaceração e o amor faz assim.

Ali, aldeãs viam: a beleza mais profunda! quase mar e o amor é assim. Uma dança acima das incertezas e a tragédia como um falso destino.

O tempo, este menino, a intensificar o não e a chover sementes, pelo avesso, o amor é assim.

O apego por olhos e sorrisos. Marulho difuso por onde se podia chegar. As aves nadavam e o peixe beijava à boca enquanto as musas eram os pescadores. O sol vestia-se de noite e o que era quente fervia pois o amor é assim.

A mão tocando o rosto, a língua deslizando o corpo, e palavras dispersas enfeitando areias. Imagens da solução que traz a morte como sentido.

O tempo menino condenando dois homens e a força  maior que acelera a vida! a força estendida dentro do amor. Essa sustança do querer arrombando portas, desabando regras... Se mostrando. A lua como fotografia e união - nada de lentidão e nada de muita pressa -; medida certa: o amor é assim, apesar de confusão.

Nenhum comentário: