domingo, 13 de julho de 2008

Mar Revolto


"Arranco o mar do mar e ponho-o em mim
E o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas"
SMB
E me navego para o meio do lugar em que me perco.
E me arranco das trilhas, apago pistas, crepusculo o horizonte.
Faço que aconteça a intensa solidão.
Junto o sal do meu sangue ao salitre do mar.
Mato os pássaros que me assistem
Desafogo os peixes, e me molho de mar.
Me faço mar como coisa e areia repetidos.
Me faço mar de cinza anti-estético
Flutuo sobre suas águas de desespero
Transformo-me em águas salgadas poluídas.
Sangro como um rio em extinção
Para dar vida a outra pedra perdida
Que como eu carece de salvação.

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