terça-feira, 22 de julho de 2008

Na voz de Gal Costa



Seria um desserviço cultural não destacar a interpretação de Gal Costa sobre a canção de Ana Coralina, Ruas de Outono, tema da novela Paraíso Tropical. Ana também gravou belamente sua canção. Mas, Gal...Sei não. A música é uma temática de esperança, ensaiada pelo encontro amoroso, uma balada, levinha, parecida com outras coisas já feitas por Ana. Mas, Gal...Sei não. É o frescor da voz de sessenta e um anos, aliás, o frescor de uma voz sem idade, só experiência...
Um passeio pelo tempo de todas as nossas lembranças amorosas e uma sensação de sucesso.O canto na melodia significando-se no instrumento da voz nos permite pertencer com orgulho à nação que esta grande artista nasceu. Para simplificar tudo, poderia-se dizer Gal canta lindo "Ruas de Outono", mas isso ela faz sempre.Acontece que nessa versão ela vem revestida da dose sob medida, que quando acerto estético, a torna a voz mais agradável que este país já conheceu...Lembrou-me dela em Cantar, em Hoje, Flor de Maracujá, Nada a ver...Notas, aquela interpretação sublime no disco dos Nouvelle Cuisine, nos idos de 1990.
Lembranças trazidas pelo vento sonoro, leia-se Gal Costa, sob o céu e sobre o mar de Copacabana, naquele lugar chamado Rio de Janeiro...Mina Gal, mina da doçura maior em nosso canto...A voz doce dos ventos.
E esta canção vai me condenar ao melhor de mim: esperança e amor!!!
Ela:
Ruas de outono - Gal Costa
Nas ruas de outono, os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia, vai passar
As folhas pelo chão que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Daria pra escrever um livro, se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada...

P.S.: Meu queridíssimo cantor, senhor Carlos Barros, licença para falar da sua musa-inspiração, mais ainda, depois daquele texto, viu?

Um comentário:

Unknown disse...

E precisa licença.
Amaior é a poética, que voc~e já tem de sobra.

Abraços e emoção ao falar desta mulher.
Como eu sempre digo, talvez uma das minhas únicas mulheres, de verdade.

Valeu muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!