quinta-feira, 31 de julho de 2008

Obrigado, ministro!


Deveras que tudo poderia ter sido melhor. O senhor veio, ocupou a desvalorizada pasta de cultura, com seu prestígio de artista planetário, deu visibilidade e motivou grandes discussões em torno das políticas culturais deste nosso país. Poderia ter sido melhor. Mas foi muito bom! Pólos de cultura da negritude no Brasil, antes escondidos e folclorizados, ganharam devidas e históricas projeções; símbolos como o Samba de Roda, a Capoeira, entre outros, foram registrados como patrimônio imaterial dos brasileiros. Muitos filmes foram produzidos, espetáculos de qualidade, mas de dimensões populares, foram encenados. Muitos produtos culturais foram consumidos, e numa realidade tangível, tivemos uma ação ministerial democratizante e isso incomodou por demais os aristocratas das produções culturais brasileiras. Volte às suas construções musicais, aos traços mágicos da sua poesia edificante; magnetize-nos com sua arte mundial e seja feliz, grande mestre! Valeu,sim!
Do seu lugar de homem criador, de artista, os formadores de opinião deste Brasil não tem competência para tirá-lo, e se criticam, o fazem por falta de higiene mental e bucal.
"Só quem sabe onde é Luanda
Saberá me dar valor"
PALCO
Subo nesse palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver
Pode verTrago a minha banda, só quem sabe onde é
Luanda
Saberá me dar valor, dar valor
Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor
Do tambor
Fogo eterno prá afugentar
O inferno prá outro lugar
Fogo eterno prá consumir
O inferno, fora daqui
Venho para a festa, sei que muitos têm na testa
O deus-sol como um sinal, um sinal
Eu como devoto trago um cesto de alegrias de quintal
De quintal
Há também um cântaro, quem manda é Deus a música
Pedindo prá deixar, prá deixar
Derramar o bálsamo, fazer o canto, cantar o cantar
Lá, lá, iá

Um comentário:

Unknown disse...

Me emocionou muito.

Você falando assim de meu pai!

Grande abraço, meu querido!

Você, como sempre, ILUMINA, e diferente dos pura e meramente racionais, se mostra o mais cheio de RAZÃO nesta querela da raiva e da maldade humanas.

Ave Marlon Marcos!
Ave Gilberto Gil!